PROJETO JORNADA FRATERNA
FORMAÇÃO BÁSICA EM ATENDIMENTO FRATERNO
MENSAGENS INSPIRADORAS

SABER OUVIR PARA DECIDIR BEM*
Batuíra (Espírito)

  

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz...”
(Apocalipse, 3:22)

       Inúmeras criaturas que se aproximam dos operários leais do Senhor não passam de desequilibrados faladores. É essencial prudência e vigilância, para que não transformemos a mente em vaso de entulhos e ruínas.
      Nas organizações espíritas convivemos, no curso de suas atividades diárias, com companheiros que nos trazem as mais diversificadas mensagens pessoais, obrigando-nos a refletir a respeito das solicitações que nos alcançam.
      Necessário é saber guiar-nos com o coração amparado pelos Planos Maiores, ligados na realidade dos fatos, e não nos influenciar pelas fantasias e queixas enfermiças.
       Ouvir com habilidade é perceber a atmosfera fluídica que envolve os outros.
       Usemos todos os sentidos aliados à intuição. Prestemos atenção às palavras, ao volume e ao tom de voz da pessoa atendida. É preciso ir além da verbalização para compreender o conteúdo e a intenção do interlocutor. Às vezes, o sentimento é muito mais explícito, e, por isso mesmo, muito mais enfático do que as próprias palavras.
       A capacidade mais importante na comunicação é saber ouvir. É interessante notar que aprendemos a escrever, falar e ler, mas quase nunca nos ensinaram a ouvir corretamente as verdadeiras intenções que envolvem as palavras.
      Quando utilizamos somente a estrutura da audição, desprezando as forças sutis da alma, nunca chegamos às profundezas da percepção do espírito.
      Escutar é simplesmente manter um diálogo convencional, passageiro e corriqueiro; ouvir, porém, é embrenhar-se na troca de alma para alma, em que a essência realmente age com sintonia e inspiração.
      Não podemos nos esquecer de que nosso objetivo é ouvir para que, obtendo uma noção clara do que a pessoa está dividindo conosco, possamos aconselhá-la o mais corretamente possível.
      É fundamental que o orientador procure entender o que está sendo transmitido, evitando argumentar, recriminar, inquirir ou dar respostas apressadas e irrefletidas.
     Quem orienta deve aprender a captar tanto visual como auditivamente, controlando suas emoções e a tendência de responder antes que a criatura termine sua exposição.
     Para podermos induzir uma comunicação aberta entre companheiros que nos procuram, comecemos antes de tudo por nós mesmos. Sejamos francos e acessíveis nos contatos pessoais. Se o dirigente se fechar ou mostrar-se reservado, certamente encontrará a mesma dificuldade no comportamento do outro.
      A prece, aliada à inspiração dos bons espíritos, dará o significado e a verdadeira intenção do intercâmbio verbal.
      Em nossas atividades evangélicas, o êxito do atendimento depende da atenção ao que foi dito ou feito, bem como da forma que agimos e auxiliamos diante do problema relatado.
     O apóstolo João recomenda a necessidade de ouvir o que o Espírito diz. Entendia que somente dessa forma é que se pode utilizar com sabedoria do silêncio ou da palavra, diferenciar com segurança a sombra da luz e separar com sensatez o joio do trigo.
     A Luz do Mundo ouvia espiritualmente as situações; portanto, auxiliava sem ofender, esclarecia sem ferir, ensinava sem perturbar.
      O Cristo Jesus instruía falando e exemplificando. Os homens que exclusivamente O escutavam não absorveram suas lições imorredouras; porém, todos aqueles que O ouviram em espírito e verdade impressionaram suas almas para a Eternidade e se converteram em plenitude.

* Psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto. Pelos Espíritos Lourdes Catherine e Batuíra. Conviver e Melhorar. Catanduva, SP: Editora Boa Nova. Cap. 29.
 
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Criação e desenvolvimento

Neuza Zapponi de Mello

 É escritora e palestrante; facilita cursos de autotransformação (reforma íntima) e formação de trabalhadores espíritas. Filiações de trabalho: Federação Espírita do Distrito Federal (FEDF) e Comunhão Espírita de Brasília. Profissional por quarenta e sete anos em Psicologia e Educação. Vasta experiência no atendimento a pessoas em sofrimento profundo (perdas, traumas, crises severas, doenças graves). Professora-doutora aposentada da Universidade de Brasília (UnB). Ex-professora da University of Texas (USA).

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Disponível nos endereços:

Editora Boa Nova

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